Empresa de criptomoedas falida gastou 117 milhões em casas nas Bahamas

Corretora de criptomoedas FTX entrou em falência no início do mês. Maioria de imóveis adquiridos são casas de luxo à beira-mar.
 

Dias depois de a corretora de criptomoedas FTX ter entrado com o pedido de falência nos EUA, veio a público que o fundador da empresa, Sam Bankman-Fried, a sua família e outros executivos compraram, pelo menos, 19 imóveis nas Bahamas, tendo desembolsado um total de 121 milhões de dólares nos últimos dois anos (cerca de 117 milhões de euros à taxa de câmbio atual).

A maioria das propriedades compradas e ligadas aos criptonegócios da FTX são casas de luxo à beira-mar. Sete destas casas dizem respeito a condomínios na comunidade turística Albany e, juntos, custaram mais de 72 milhões de dólares (cerca de 70 milhões de euros), informa a Reuters.

Estas propriedades foram compradas por uma unidade da FTX e seriam usadas como “residência para funcionários-chave" da empresa, segundo mostram as escrituras das casas a que o mesmo meio teve acesso. Mas há uma exceção: a casa de praia no condomínio fechado em Old Fort Bay está escriturada como a casa de férias dos pais de Sam Bankman-Fried, que agora estão a tentar devolver a propriedade à FTX.

A corretora de criptomoedas FTX, que entrou com pedido de falência no início deste mês após uma onda de desistências de clientes, estabeleceu a sua sede nas Bahamas em setembro do ano passado. E muito embora se tenha conhecimento que tanto a empresa norte-americana como os seus funcionários compraram imóveis neste arquipélago situado no oceano Atlântico, só agora com os registos de propriedades é que veio a público a onda de aquisições imobiliárias e os seus verdadeiros usos.

A norte-americana FTX chegou mesmo a ser a terceira maior corretora de criptomoedas do mundo. E depois de ter anunciado problemas de liquidez, o fundador da empresa Sam Bankman-Fried demitiu-se.